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A temida e misteriosa noiva de preto de Ponta Porã

Relatos contam que mulher usava véu todo negro, circulava pelos bairros após assassinar o noivo, enterrar o corpo e morrer trancada na casa onde o matou

24/05/2024 às 06h28 Atualizada em 24/05/2024 às 06h31
Por: Redação Fonte: Redação
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A noiva de preto foi uma lenda bastante real em Ponta Porã nas décadas de 50 e 60, conforme relatos de moradores desse período (Foto Ilustração)
A noiva de preto foi uma lenda bastante real em Ponta Porã nas décadas de 50 e 60, conforme relatos de moradores desse período (Foto Ilustração)

Carlos Monfort (*)

 

Não foi somente a mulher de branco que provocou medo e noites de insônia Ponta Porã afora.

A noiva de preto teve participação noturna direta e efetiva pelos bairros da cidade, onde circulava livremente em noites de intensa neblina.

Carregava consigo uma espécie de lamparina ou algo similar, mas com uma forte luz que além de iluminar seus passos, também ofuscava os olhares de quem estava à sua frente e tentava se aproximar.

A noiva de preto foi uma lenda bastante real em Ponta Porã nas décadas de 50 e 60, conforme relatos de moradores desse período.

Como a cidade não possuía energia elétrica e tudo era a base do motor ou da vela para clarear as noites frias de Ponta Porã, a noiva de preto saia tranquilamente pelas ruelas dos poucos bairros que circundavam Ponta Porã nessas décadas.

Nunca ninguém chegou a desvendar sua presença pelas ruas. Em uma de suas últimas aparições, foi vista entrando no cemitério municipal de Ponta Porã – posteriormente batizado de “Cristo Rei” – e desde então nunca mais houveram relatos de sua circulação pelas ruas nas noites de neblina em Ponta Porã.

Sabe-se que a noiva de preto foi vista pelas primeiras vezes ao redor dos córregos que cortam Ponta Porã, coincidência ou não justamente onde a cerração é mais intensa em noites de lua cheia. Ela atraia cães por onde passava.

Os latidos noturnos em forma de uivos era o sinal de que a noiva de preto acabara de passar pela rua.

Assim são os relatos que durante muitos anos fizeram parte das rodas de conversas.

Outros relatos apontam que a noiva se vestiu de preto após assassinar o noivo há poucos dias antes do casamento.

Desconfiada, ela seguiu o então futuro marido e descobriu uma traição, jamais perdoada.

Depois de adiar o ´casório´ sem justificativa apresentada ao noivo, ela permaneceu no relacionamento durante anos e anos, mas nunca mais aceitou contrair matrimônio.

Em determinado dia, ela recebeu o vestido de noiva preto confeccionado sob medida por uma costureira, sua comadre e confidente.

No dia seguinte, conforme relatos presenciados à época inclusive por testemunhas, ela convidou o noivo para um jantar especial, preparado por ela com todo carinho.

No meio do encontro, a mulher pediu licença, foi até o quarto e apossou-se do vestido de noiva, na cor preta.

Era o sinal de que algo ruim estava para acontecer naquela noite.

Uma tragédia para ser mais exato.

Demorando para sair do quarto, o noivo ao chamá-la duas vezes e sem obter a resposta, resolveu ir até seu encontro.

Ao abrir a porta, o noivo foi atingido por um facão na altura do coração, caindo e esvaindo de sangue.

O vestido, atingido por respingos de sangue, foi a veste usada para encobrir o corpo até o local onde foi enterrado. A cova já estava aberta.

Usando uma carriola e com o auxílio de uma lamparina, ela seguiu para enterrar o corpo do seu amado.

A noiva, então, desenrolou o cadáver e o jogou no buraco, coberto pela densa neblina da noite e aos poucos pela terra jogada pelas mãos pesadas da mulher.

Dias e dias a noiva usou a vestimenta. Ao voltar para casa, trancou o portão, as janelas e portas e do interior só foi encontrada anos após já morta.

Os relatos são de que a noiva de preto saia pelas ruas de Ponta Porã a procura do noivo assassinado, cuja alma até hoje estaria perambulando aos arredores do terreno onde foi sepultado, cujo local exato somente ela, a noiva de preto, poderia indicar.

Os familiares do noivo procuraram o corpo anos após anos e mesmo sem saber o paradeiro da noiva, tinham a certeza que o pior havia acontecido com o casal.

Após o achado dos restos mortais da noiva vestida de preto no interior da casa e as manchas de sangue evidenciaram e confirmaram a tragédia.

Parece lenda, mas são relatos reais e bem presentes em um passado não tão distante assim em Ponta Porã.

 

(*) jornalista

 

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