Grupo de aproximadamente 200 formados em medicina da faculdade Uninter, unidade Pedro Juan Caballero, vivem dias de intensa aflição misturada com preocupação e medo por conta da demora na entrega dos diplomas da conclusão do curso de medicina.
A novela imposta pela instituição aos então alunos e hoje médicos formados é singular, pois impõe incertezas sem saber quando receberão o documento de comprovação da conclusão do curso de medicina e pior ainda, se receberão a tempo de encaminhar documentos para atuar na profissão escolhida.
Além disso, o diploma é documento primordial para cursos e provas dentre os quais também realizar Revalida e inscrever no programa `Mais Médicos´ mantido pelo governo brasileiro.
Nesta semana, após receber denúncias como aliás em anos anteriores, o PONTAPORAEMDIA esteve na sede da Uninter em Pedro Juan e após aguardar por mais de duas horas na sala de recepção da vice-reitora, Dra. Estela Torres, a reportagem foi atendida pela responsável pelo curso em Pedro Juan Caballero.
A instituição tem a sede matriz em Ciudad del Este, sendo que Pedro Juan Caballero é filial, portanto todo e qualquer encaminhamento administrativo que não seja resolvido pela filial, segue para Ciudad del Este, onde além da demora, existe toda uma burocracia para atender as demandas da clientela.
A vice-reitora (vice decana como se chama no Paraguai) atendeu a reportagem assim que chegou de viagem de Ciudad del Este.
A primeira justificativa que apresentou foi que assumiu o cargo há cerca de um mês e estava tomando ciência da situação, para depois afirmar que a instituição supostamente não tem responsabilidade direta pela liberação de documentos junto ao Ministério de Educação do Paraguai, deixando no ar que a Uninter supostamente preocupa-se em acompanhar os procedimentos para a entrega dos diplomas a seus então alunos.
Imediatamente a pro-reitora, Estela Torres, visivelmente para mostrar que vem acompanhando caso a caso cada um dos formados no trâmite junto ao MEC, abriu o notebook acessando o site do MEC e mostrando as movimentações.
Ela alega que há uma seleção prévia por parte do Ministério de Educação para o encaminhamento dos documentos, mas é a instituição encarregada pelo envio dos processos de cada formado.
De acordo com as queixas apresentadas, a Uninter trabalharia com um “critério” interno de seleção que privilegiaria os que conseguem pagar “algo a mais” para agilidade no trâmite do processo.
A pró-reitora Estela Torres garantiu ao PONTAPORAEMDIA que todos os processos devem estar prontos e os diplomas sendo entregues até a primeira quinzena de julho.
“Creio que até o início do próximo mês, talvez um pouco mais, já teremos boas novidades”, disse a pró-reitora da Uninter Pedro Juan Caballero.
Enquanto isso, os formados da fronteira e também de outras cidades e Estados vivem dias angustiantes sem saber ao certo quando terão o diploma em mãos.
A conclusão do curso ocorreu em março último. Em fevereiro, os então acadêmicos concluíram o estágio em unidades hospitalares, apresentando todas as documentações e passando pelo exame final onde foram aprovados.
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