RUMOS
= O mapa político de Ponta Porã entra 2025 com novo desenho.
No prolongamento da avenida Brasil, entre um trevo e outro, a conversa gira em torno do rompimento político entre o prefeito Eduardo Campos e o antecessor, Hélio Peluffo Filho.
Isso é inegável, garantem vários passarinhos e borracheiros Ponta Porã afora.
No meio desse fogaréu tucano ficou aquela frase dita logo após o resultado das eleições em 06 de outubro de que “quem ficou com os pés em duas canoas terá a reciprocidade”.
Portanto, aqueles que não ficaram com os pés em duas canoas estão tranquilos. É a conclusão óbvia!
Mas, a canetada chegou e hoje os ares são outros e os horizontes são novos.
FIEL
= Mas o prefeito Eduardo Campos foi fiel até o último segundo no compromisso assumido quando HPF resolveu deixar a cadeira de prefeito e seguiu para a capital do Estado, onde permaneceu por pouco tempo.
Campos honrou os compromissos internos e externos e após as eleições a filosofia e ideologia de gestão mudou, iniciando dia 1º de janeiro a era EC na prefeitura de Ponta Porã.
Normal e natural esse caminho.
Mas as rusgas tucanas permeiam na seara política e a fragmentação está exposta, supondo que a estrada pelos próximos quatro anos será de muitos rabiscos no mapeamento da nova genética na política municipal.
O prefeito formou seu secretariado com pessoas de sua fiel e estrita confiança.
Permaneceram apenas os que se enquadraram no modo “Campos” de governar e pensar.
CENTRALIZAÇÃO
= Um dos grandes diferenciais da nova era administrativa no governo municipal de Ponta Porã é a centralização das decisões.
A primeira-dama e secretária de Governo, Paula Consalter Campos assumiu o controle das ações internas e externas da prefeitura em sua totalidade e vai além, muito além, do gabinete.
E isso deve ser visto de forma natural, apesar do gigantesco risco que se corre nesse modelo.
GESTÃO
= Não houve quaisquer questionamentos nesse sentido e o risco maior é o cenário no futuro.
Mas, bem articulada e com poder para decisões imediatas, Paula Campos deve conseguir aparar as arestas pelo caminho e seguir fielmente o propósito de livrar o prefeito das intempéries maiores e decidir sem precisar entrar no gabinete central.
Talvez essa seja a maior virtude que a primeira-dama tem e terá enquanto secretária de Governo e Comunicação: agilizar as ações institucionais.
Mas, uma coisa é certa: nada se faz ou se fala sem a palavra final da primeira-dama.
Se isso é bom ou ruim, o tempo mostrará!
CÂMARA
= No âmbito da Câmara Municipal, apesar do descontentamento geral, o caminho é tranquilo e sereno.
Tanto que o vereador Agnaldo Pereira foi reeleito sem maiores entraves.
A governabilidade está assegurada, apesar da intensa instabilidade.
O presidente Miudinho sabe bem o caminho a trilhar e tem competência para gerir o mapa político sempre de olhos bem abertos em 2026 e 2028.
Carlos Monfort
Mtb MS 144
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