Apesar da limpeza constante expressar ar de ambiente puro e manutenção em dia, o prédio onde está instalado o Instituto de Longa Permanência de Idodos (ILPI) de Ponta Porã não está longe de ser considerado insalubre e não apto ou ideal para o abrigamento dos idosos ali assistidos.
O prédio é antigo. Sua construção data da década de 1960 e ao longo desses mais de 50 anos, sempre recebeu adaptações e reformas parciais.
A última delas foi a construção da nova cozinha, já que a anterior foi condenada pelo serviço de vigilância sanitária.
O MPE então acionou o município para edificar uma nova ala, entregue em 2019. Depois disso, nada mais foi feito.
Um dos maiores problemas é a umidade nas paredes, ocasionando ´mofos´ e afetando diretamente a saúde dos idosos acolhidos, que naturalmente possuem saúde debilitada por conta da idade.
Em um dos últimos relatórios feitos através de inspeção cujo teor o PONTAPORAEMDIA tem acesso, consta em um dos trechos que “o imóvel possui dois blocos principais interligados contendo: alojamento masculino, alojamento feminino, banheiros, cozinha, refeitório, sala de estar com televisão, despensa para armazenamento de alimentos, refeitório, ambulatório, lavanderia e um quarto para armazenamento de roupas”.
“Dentro do terreno existe ainda outra edificação erigida em alvenaria que se divide em 2 (duas) lavanderias e uma capela (espaço ecumênico).
A despensa de alimentos estava refrigerada, organizada e com os produtos dentro do prazo de validade e acondicionados de forma correta.
Quanto às condições dos idosos, não foi observada qualquer evidência de maus tratos, pelo contrário, nos foi possível testemunhar a dedicação dos servidores que acolhem os idosos com respeito e consideração.
Gente dedicada e atenciosa que cuida de cada interno como se estivesse diante de alguém de sua própria família”, atesta outro ponto do documento.
Mais diretamente sobre o prédio em si, o relatório aponta que “a residência, embora muito conservada, é antiga e necessita de algumas reformas. Dentre essas, merece destaque a necessidade da troca do forro de madeira do teto, pois este oferece potencial perigo de incêndio devido aos fios da instalação elétrica que sobre este se apoiam”, aponta.
PERIGOS
Esse teor evidencia a deficiência em termos de segurança do prédio onde hoje estão mais de 40 idosos acolhidos. A estrutura é deficitária pois é muito antiga e requer medidas preventivas e de precaução, principalmente quanto a substituição da questão de energia elétrica.
Além disso, além da deficitária estrutura física, um dos maiores problemas hoje é a superlotação da casa e o número reduzido de cuidadores e enfermeiros, fato que gera desconforto e má qualidade no atendimento aos assistidos.
A secretária de Assistência Social de Ponta Porã, Dilma Silva, declarou ao PONTAPORAEMDIA que está tomando ciência da situação para analisar as medidas a serem tomadas.
Enquanto isso, a problemática interna no antigo asilo cristão de Ponta Porã continua até que haja uma solução direta e concreta em busca de um atendimento de maior qualidade proporcionada pela instituição sob gestão da prefeitura de Ponta Porã e supervisão do Ministério Público Estadual, através da Promotoria do Idoso.
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